terça-feira, agosto 31, 2010

Agência Full service vs Agência Especializada

Nos últimos anos as agências de comunicação e propaganda da Paraíba têm enfrentado vários dilemas: ser full service ou especializada? Tradicional ou promocional? Há quem defenda que no fim das contas tudo é comunicação, mas qual o caminho correto? Este ou aquele?

No velho e conhecido sistema full service, as agências se propõem a prestar uma ampla variedade de serviços sob o pretexto de uma comunicação 360º. Bom, é da sabedoria popular que "quem tudo quer nada tem" e este é justamente o ponto negativo desta proposta de negócio: a variedade de serviços oferecidos por uma agência full service exige um grande esforço da equipe da agência que acaba com pouco tempo para se dedicar aos aspectos estratégicos da comunicação. Do lado positivo está o fato de que os clientes locais - em geral de médio ou pequeno porte -, se sentem mais a vontade em contratar apenas uma empresa para solucionar todos os seus problemas: de comunicação, de marketing, planejamento, promoção de vendas, publicidade, etc.

Já nas agências especializadas, o serviço prestado - como a própria terminologia deixa claro -, é limitado por certo grau de especialização, onde as tarefas realizadas pela equipe da agência são segmentadas ou agrupadas de acordo com a espécie de serviço a que se dedica a agência. Em geral a qualidade deste serviço é muito superior ao de uma agência full service, mas não é raro que esteja completamente dissociado da estratégia de comunicação do cliente. É o caso de agências digitais, promocionais e de eventos. E esta dissociação não é por acaso, as agências promocionais tendem a vender ações promocionais, as agências digitais tendem a vender estratégias de comunicação em meios digitais e as agências de eventos, provavelmente, colocaram toda a verba do cliente em um mega evento.

Ou seja, nas agências full service a estratégia fica comprometida pela falta de tempo, mas o cliente tem um parceiro para resolver todos os problemas de comunicação. Já nas especializadas a estratégia fica comprometida pela falta de isenção da agência em defender outros meios diferentes daquele a qual resolveu se especializar, distribuindo a verba apenas nos meios que é especialista, porém executa com maior qualidade os seus serviços em relação a uma agência full service.